Migrações Internas no Brasil
MIGRAÇÕES INTERNAS NO BRASIL
1. O que é migração?
Migração é o deslocamento de indivíduos entre diferentes regiões geográficas. Quando esse deslocamento se dá no interior de um país, chamamos de migração interna ou nacional. Quando ocorre entre países diferentes, dizemos que é uma migração externa ou internacional.
As migrações internas, por sua vez, podem ser classificadas em dois tipos:
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Inter-regionais - Quando se dá entre regiões diferentes do país. Por exemplo, do Nordeste para o Sudeste do Brasil.
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Intrarregionais - Quando se dá dentro da mesma região. Por exemplo, migrantes do interior para as capitais do Nordeste.
2. Êxodo Rural
O êxodo rural é o mais importante movimento migratório interno do Brasil, na segunda metade do século XX. Desde a década de 1940 a população rural vem diminuindo, enquanto aumenta a população urbana. Veja o gráfico abaixo que nos mostra isso.
Foi no censo no censo de 1970 que pela primeira vez as estatísticas mostraram que a população urbana brasileira tinha superado a população rural. Os especialistas afirma que boa parte dos problemas das nossas cidades, como favelização, moradias em áreas de risco, falta de saneamento básico, entre outros, se deu pelo acelerado processo de urbanização, onde as cidades não se preparam adequadamente para receber esse imenso contingente migratório.
Milhões de brasileiros ainda vivem nessas condições
Hoje, cerca de 83% da população brasileira vive nas cidades, enquanto 17% vive no campo.
3. Migrações Internas no Brasil
As migrações internas internasno Brasil se acentuou na segunda metade do século XX. Por isso, vamos começar a estudar as migrações internas a partir da década de 1940 até os dias atuais.
1940 - 1950
Nesse período dois fluxos migratórios importantes têm destaque:
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Do Nordeste para o Sudeste;
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Do Nordeste e do Sudeste para o Centro-Oeste.
Veja o mapa abaixo.
Problemas como a elevada pobreza, o desemprego e as secas tornaram o Nordeste uma região de repulsão da população. Por sua vez, o Sudeste oferecia trabalho nas lavouras de café, então principal produto da economia brasileira, e possuía suas grandes cidades que seduziam o migrante com a possibilidade de trabalho.
Já o Centro-Oeste, até os anos 1940 era um grande vazio demográfico. O Governo Federal buscava incentivar a ocupação dessa região, no que ficou conhecido como “Marcha para o Oeste”. Para isso, até criou duas grandes colônias agrícolas: A Colônia Agrícola Nacional de Goiás, no município de Ceres, e a de Dourado, no então Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul. As duas principais regiões fornecedoras de migrantes para o Centro-Oeste foram a Sudeste e a Nordeste.
Também tivemos um grande movimento de nordestinos para o Centro-Oeste para trabalhar na mineração de diamantes e cristais de rocha no alto
Araguaia, do rio das Garças e do Rio Formoso. Mas o migrante nordestino também foi para os imenso babaçuais no vale do rio Tocantins. Lá faziam a extração do coco dessa planta, que era vendida a usinas para a retirada do seu óleo, de grande emprego por város setores da indústria.
Por fim, temos um fluxo migratório para o Norte do Paraná, onde novas terras estavam sendo abertas para o cultivo do café. Essa região possui o famoso solo de terra roxa, de grande fertilidade.