Temperatura
Você já deve ter escutado, nas suas aulas de física, que temperatura é “uma grandeza física que indica a intensidade de calor ou frio de um corpo, de um objeto ou de um ambiente”. No nosso caso, que estamos falando de atmosfera, nos interessa justamente a temperatura ambiente.
Para medi-la usamos um instrumento denominado termômetro. Veja abaixo os três tipos mais conhecidos de termômetros.
Termômetro de mercúrio Termômetro digital/eletrônico Termômetro digital/infravermelho
Existem três principais escalas termométricas mais utilizadas. São elas
- Escala Celsius – oficialmente chamada assim, por muitos também é chamada de escala centígrada. Isso porque entre os dois pontos de referência da escala – o ponto de congelamento da água (0º) e seu ponto de ebulição (100º) – existem 100 partes. Seu nome homenageia seu criador: o cientista sueco Anders Celsius (1701-1744). É hoje a escala mais utilizada em todo o mundo.
- Escala Fahrenheit – Homenagem ao físico alemão Gabriel Fahrenheit (1686-1736). É a mais utilizada em países de língua inglesa, como Estados Unidos e Inglaterra. O 0º Celsius (ponto de fusão da água) corresponde a 32º F e 100º C (ponto de ebulição da água) corresponde a 212º F. A diferença de 1º C corresponde a diferença de 1,8º F. Assim, Oº F corresponde a -17,78º C.
- Escala Kelvin – É também conhecida como escala absoluta, sendo inventada pelo cientista britânico William Thompsom Kelvin (1824-1907). Perceba que essa escala não é medida em graus. Nessa escala o ponto de fusão do gelo é de 273 K e o ponto de ebulição da água é de 373 K. Ele adota como zero absoluto a temperatura em que a água não apresenta nenhuma agitação molecular. Assim, 0 K corresponde a -273,15º C.
Veja abaixo a relação entre essas três escalas:
Existem três tipos de fatores que influenciam na variação de temperatura no nosso planeta. Vejamos eles separadamente:
Fatores Astronômicos – Estão associados aos movimentos da Terra e a inclinação do seu eixo. Assim, temos mudanças de temperatura de acordo com as estações do ano (movimento de translação da Terra) e os dias e as noites (movimento de rotação da Terra).
Fatores Meteorológicos – relacionam-se aos movimentos da atmosfera terrestre, como, por exemplo, o movimento das massas de ar.
Fatores geográficos – é tudo aquilo presente na superfície da Terra e que de alguma forma acaba interferindo no comportamento dos elementos do clima. No nosso caso, queremos entender melhor como esses fatores influem na temperatura. Vejamos cada um deles separadamente.
A Latitude
Só recapitulando, latitude é distância em graus de um ponto qualquer da superfície da Terra em relação à linha do Equador. Belém, capital do estado do Pará, está próxima à linha do Equador; e portanto, dizemos que está em baixa latitude. Reykjavic, capital da Islândia, está distante do Equador; tendo portanto altas latitudes. As áreas entre os trópicos e os círculos polares são áreas de médias latitudes.
As temperaturas da Terra diminuem de acordo que nos distanciamos do Equador, ou seja, elas diminuem quanto maior a latitude. Para entendermos isso melhor observe a imagem abaixo:
Podemos ver que dois feixes paralelos de luz solar, com o mesmo diâmetro, incidindo sobre a superfície da Terra. Veja que o feixe que incide sobre as maiores latitudes aquecerá uma superfície maior do que o feixe que incide sobre as baixas latitudes. Assim, a intensidade da insolação (energia por unidade de área) será maior nas áreas do planeta próximas ao Equador.
A Altitude
Chamamos de altitude a distância vertical entre um ponto da superfície de um local em relação ao nível do mar. Altitude e temperatura são grandezas inversamente proporcionais, pois quanto maior a altitude, menor será a temperatura. Podemos dizer que a cada quilômetro que se suba, a temperatura diminui 6,5º C. É por isso que no topo das grandes montanhas, mesmo localizadas na zona tropical, encontramos neve. A cerca de 12 mil metros de altitude, onde voam os grandes aviões, as temperaturas costumam ficar por volta de -56º C.
Continetalidade e Maritimidade
Uma pergunta mui
Antes de mais nada devemos lembrar que a atmosfera se aquece por irradiação da energia solar que foi absorvida pelas superfícies líquidas (oceanos) e sólidas (continentes) do planeta Terra. Outra coisa que não devemos esquecer é que o calor específico (a quantidade de calor necessário para aumentar de 1ºC uma determinada substância) é quase 5 vezes maior para a água do que para as rochas.
da, tendo inverno
Correntes Marinhas
Chamamos de corretes marinhas ou oceânicas os grandes fluxos de água dos oceanos, decorrentes da rotação da Terra, dos ventos e da diferença de densidade. Quanto a temperatura, podem ser classificadas em correntes frias e quentes, influenciando as condições da atmosfera por onde se deslocam. Observe abaixo o mapa com as principais correntes do planeta:
Um exemplo da influência das correntes marinhas no clima é o da Corrente do Golfo (Gulf Stream). Esta corrente de águas quentes sai do Golfo do México, atravessa o Atlântico, e margeia o litoral ocidental da Europa. Esse calor transportado pela corrente faz com que as temperaturas médias dos países europeus atlânticos sejam maiores do que os páises que estão no interior do continente, mesmo que estando na mesma latitude. Cientistas acreditam que sem essa corrente, as temperaturas dos lugares próximos ao oceano cairiam mais de 5 °C.
Vegetação
A presença ou não de cobertura vegetal também influencia na temperatura atmosférica. Isso pode ser claramente observado nas cidades, comparando as temperaturas dos bairros mais arborizados com a dos bairros onde praticamente não há vegetação. O que se observa é que as áreas mais arborizadas possuem temperaturas bem mais amenas. Já as áreas com pouca ou nenhuma vegetação, vão apresentar temperaturas médias muito maiores. São as chamadas ilhas de calor.
Isso acontece porque a vegetação utilizará boa parte da radiação recebida do Sol em seus processos biológicos: fotossíntese e transpiração.