Estratégias de Controle Geográfico da Produção
As transnacionais utilizam-se de diferentes estratégias de natureza geográfica para controlar espacialmente sua produção. Claro que o objetivo é sempre diminuir os custos de produção, aumentado assim suas margens de lucro. É o que chamamos de busca das vantagens comparativas. As principais estratégias são: desconcentração, descentralização e localização flexível. Vejamos melhor abaixo cada uma delas.
a) Desconcentração Industrial - É a prática das empresas procurarem se instalar fora dos tradicionais centros de concentração industrial. Elas vão em busca de vantagens como: mão-de-obra mais barata, legislação trabalhista e ambiental mais flexível, menores impostos etc. Isso ocorreu em escala global principalmente na segunda metade do século XX, quando multinacionais dos países mais ricos procuraram se instalar em países subdesenvolvidos como o Brasil, o México, a Argentina, a China, a Índia, dentre outros.
b) Descentralização Industrial - É quando, propositalmente, a política de um país visa favorecer o desenvolvimento industrial de áreas periféricas. Isso pode ser feito através de incentivos fiscais ou melhoria da infraestrutura das áreas mais atrasadas. Um exemplo, no Brasil, foi a instalação na década de 1970 da Zona Franca de Manaus.
c) Localização Flexível - É a dispersão da produção por várias unidades produtoras. Isso só se tornou viável com o desenvolvimento de três elementos que são os pilares da globalização: os meios de transporte, os meios de comunicação e a tecnologia. Assim, localização flexível significa que a montagem de um produto é feita em um local, mais os componentes são provenientes de diversos outros lugares.