Capitalismo
 
Esse texto tem como objetivo explicar, de forma resumida e simplificada, o que vem a ser o modo capitalista de produção. Quando necessário, você verá que existem diversos links que remeterão a outros sites com maior aprofundamento sobre determinados assuntos.

 

Chamamos de capitalismo o modelo de organização da economia e da sociedade que surge na Europa e se espalha pelo mundo com o fim do período feudal. Na verdade o sistema surgiu antes até do termo que foi utilizado depois para denominá-lo. A expressão capitalismo, segundo a Oxford English Dictionary, foi utilizado pela primeira vez pelo escritor inglês William Makepeace Thackeray em seu livro The Newcomes (1845), com o sentido de “ter a posse de capital”. A palavra capital aqui usada como o dinheiro investido em atividades produtivas, ou seja, que possam gerar mais riqueza.
 
Existem na internet e nos livros de economia diversas definições do que vem a ser capitalismo, mas como precisamos escolher uma, vamos colocar essa aqui:
 
Capitalismo é o sistema econômico em que os meios de produção são de propriedade privada e toda a economia funciona com o objetivo de acumular capital, ou seja, gerar lucro.”
 
Veja que destaquei aqui algumas expressões que gostaria de explicar melhor:
 
- Meios de produção – compreende o conjunto de instrumentos de produção (instalações prediais, máquinas, ferramentas e infraestruturas de transporte, água, energia, telecomunicações etc) e os recursos naturais/matérias-primas utilizados na produção de uma determinada mercadoria.
 
- Propriedade privada – é um direito que dá ao seu titular poderes de usar, gozar e dispor de algo desde que não interfira nos direitos de outros.
 
- Lucro – É o retorno positivo de um investimento feito por uma pessoa ou uma empresa nos negócios.
 
Outra característica importante do capitalismo é que se fundamenta na divisão da sociedade em duas principais classes sociais: os burgueses, donos dos meios de produção, e o proletariado, que são aqueles que são obrigados a vender a sua força de trabalho, por não terem acesso direto aos meios de produção.
 
É certo que a sociedade capitalista não é dividida rigidamente dessa forma. Existe ainda a categoria dos pequenos e médios proprietários, as vezes até trabalhando diretamente nos seus negócios, que poderíamos chamar de pequena burguesia. Temos também uma categoria de assalariados, de melhor nível de qualificação, ocupando postos mais importantes nas empresas, que não poderíamos enquadrar diretamente como proletários. Esses pequenos burgueses e trabalhadores mais qualificados é o que forma hoje em dia a chamada classe média.
 
Resumindo, o que define as relações de trabalho no capitalismo é o salário. Este é pago pelo dono dos meios de produção em troca da força de trabalho de outras pessoas.
Para finalizar, devemos lembrar ainda que a economia capitalista é de mercado. A economia de mercado é aquela em que os agentes econômicos (empresas, bancos, prestadoras de serviço, propriedades rurais etc) podem atuam com pouca interferência do Estado. Ou seja, os agentes econômicos tomam suas próprias iniciativas, dentro das regras estipuladas pelo Estado, com o fim de obter o maior lucro possível. Essa liberdade de atuação é chamada de livre iniciativa.
 
Principais características da economia de mercado são:
 
- Liberdade para determinação de preços. A concorrência é que determinará os preços dos produtos
e serviços;
 
- Lei da oferta e da procura – os preços oscilam livremente de acordo com a oferta dos produtos ou serviços e a procura por parte dos consumidores. Quando a procura aumenta acima da oferta os preços sobre e vice-versa.
 
- A quase totalidade das mercadorias produzidas em países de economia de mercado vem de empresas privadas. Podem existir empresas estatais, geralmente ligadas aos chamados setores estratégicos (geração de energia, fornecimento de água, aeroportos etc);
 
- Liberdade para abertura e fechamento de empresas, com pouca ou nenhuma interferência do governo;
 
- Proteção da propriedade privada;
 
- Ao Estado cabe a fiscalização e regulação da economia, visando inibir práticas que prejudiquem o próprio funcionamento do mercado;
 
- O Estado deve garantir os serviços chamamos essenciais, principalmente para aqueles que não podem pagá-los, como educação, segurança e saúde.